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NO ENSINO DA MATEMÁTICA há agora investigadores e pedagogos a aconselharem que os professores se concentrem mais no número aproximado do que na precisão aritmética, trocando esta última pelos cálculos gerais.
O sentido numérico aproximado sempre foi essencial para a sobrevivência animal: como podem dois chimpanzés saber que é melhor não provocarem um grupo de oito? Como preferem os pássaros uma ameixoeira carregada de frutos de outra sem ameixas, sem as contar?
Os nossos miúdos estão a ficar parecidos com estes animais. O que eles não sabem é dividir 529 por 2.200 nem qual é a raiz quadrada de 23.Mas distinguem uma fila maior de uma mais pequena num supermercado ou sabem escolher entre uma discoteca muito frequentada e outra vazia. De resto, sabem distinguir o mesmo que os ratos, os pombos, os bebés e os macacos. Ou seja, aquilo que não lhes ensinaram na escola...
Os cientistas do conhecimento puderam concluir que calcular é contrário ao automático,ao instintivo. Esta é a razão pela qual se demorou tanto a descobrir que fazer contas nada tem a ver com a nossa fórmula aproximativa, tão antiga que é prévia à própria linguagem.Mas todos concordam que o número aproximado pode contribuir para um melhor ensino da matemática. Calcular e manipular representações numéricas é uma habilidade exclusivamente humana e muito recente. Mas o método aproximativo tem muito a ver com o próprio ensino e aprendizagem das matemáticas simbólicas e abstractas. O que tem graça. Afinal de contas, Einstein e Platão inspiraram-se nos mesmos princípios que levam um pássaro ou um rato a procurar comida.
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«Mais Cascais»
NO ENSINO DA MATEMÁTICA há agora investigadores e pedagogos a aconselharem que os professores se concentrem mais no número aproximado do que na precisão aritmética, trocando esta última pelos cálculos gerais.
O sentido numérico aproximado sempre foi essencial para a sobrevivência animal: como podem dois chimpanzés saber que é melhor não provocarem um grupo de oito? Como preferem os pássaros uma ameixoeira carregada de frutos de outra sem ameixas, sem as contar?
Os nossos miúdos estão a ficar parecidos com estes animais. O que eles não sabem é dividir 529 por 2.200 nem qual é a raiz quadrada de 23.Mas distinguem uma fila maior de uma mais pequena num supermercado ou sabem escolher entre uma discoteca muito frequentada e outra vazia. De resto, sabem distinguir o mesmo que os ratos, os pombos, os bebés e os macacos. Ou seja, aquilo que não lhes ensinaram na escola...
Os cientistas do conhecimento puderam concluir que calcular é contrário ao automático,ao instintivo. Esta é a razão pela qual se demorou tanto a descobrir que fazer contas nada tem a ver com a nossa fórmula aproximativa, tão antiga que é prévia à própria linguagem.Mas todos concordam que o número aproximado pode contribuir para um melhor ensino da matemática. Calcular e manipular representações numéricas é uma habilidade exclusivamente humana e muito recente. Mas o método aproximativo tem muito a ver com o próprio ensino e aprendizagem das matemáticas simbólicas e abstractas. O que tem graça. Afinal de contas, Einstein e Platão inspiraram-se nos mesmos princípios que levam um pássaro ou um rato a procurar comida.
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