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Hotel de muita leitura
NEM PARECE VERDADE para os bibliófilos, mas posso garantir que podem acreditar porque é mesmo verdade, verdadinha. Todos eles e mais os viajantes e turistas culturais têm um Hotel em Nova York que é mesmo feito por medida para o seu gosto: 6 mil livros distribuídos pelos seus dez andares, com temas que vão da religião à ciência, ordenados pelo sistema de catalogação decimal Dewey. Se é amante da arte, os bons quartos ficam no sétimo piso, onde podem encontrar os livros internacionais de fotografia, moda e música. Para quem prefere a narrativa e a poesia, faz favor de ficar no oitavo piso, apesar deste ser o mais procurado por causa da sua oferta de temas eróticos. De tal maneira que o preço dos seus quartos duplica. Enquanto pode ficar geralmente por 150 euros por noite, no oitavo piso o quarto custa 300 euros. Enfim, se gosta de ler ou tem suficiente curiosidade para matar, recomendo-lhe o Library Hotel, na esquina de Madison com a Rua 41, a dois passos da Biblioteca Pública. Se não vai, mas quer ver, vá à net e busque em libraryhotel.com. Em qualquer dos casos, boa viagem e uma excelente estadia.
Já direitos a Floripa!
JÁ QUE HOJE FAÇO recomendações turísticas, procurando destacar o que é menos conhecido de quem gosta de viajar ou tem de se dar a esse incómodo, por este ou aquele motivo, deixem-me entrar pelo Brasil e vender-vos alguma coisa que foge ao Nordeste das nossas agências de viagem, às rotas da TAP e às revistas cor de rosa e sua detestável freguesia. Assim, falo-vos hoje de Florianópolis, ou Floripa, como lhe chamam os seus habitantes e também os paulistas. Fica na Lagoa da Conceição, no coração da Ilha de Santa Catarina, tem 400 mil habitantes, uma cultura 60 por cento alemã e 40 por cento italiana, cujas respectivas comunidades têm tratado muito bem esta pérola de fazendas, quintinhas, hotéis, restaurantes, escolas exemplares, transportes eficientes e cómodos e tão segura que nem parece estarmos no Brasil. Floripa larga-nos uma energia criativa que é bom sabermos aproveitar, seja nos pubs, bares, teatros, museus e clubes. Os restaurantes oferecem excelentes peixes e mariscos frescos. Os consumistas têm à disposição pequenas lojas encantadoras e moderníssimos centros comerciais, e claro que tem excelentes praias. De que é que está à espera??! Olhe que Abril já é mais fresco e molhado!
O amor de Miami
COM 45 ANOS de idade, dos quais os últimos 20 passou a revolucionar cidades americanas com o seu conceito de New Urbanism, Craig Robins, natural de Miami, decidiu transformar para melhor a sua cidade natal e está a consegui-lo. Há também quem lhe chame o Donald Trump da Florida, por ter lançado o Design District de Miami, hoje um bairro de culto, recuperado duma área degradada da cidade, hoje cheia de galerias, lofts de artistas, casas de gente jovem e bonita, designers, restaurantes, galerias e citório de pequeno imobiliário. O último projecto de Robins chama-se Aqua e é o mais ambicioso de todos: construir um bairro residencial completo em Allison Island, uma zona ao Norte de Miami. Depois de na South Beach ter construído o supra-sumo da arte Déco, Robins que contrariar os arranha-céus que nos anos 50 estragaram o horizonte daquela interessante cidade - Robins não esconde o seu amor por Miami.
Hotel de muita leitura
NEM PARECE VERDADE para os bibliófilos, mas posso garantir que podem acreditar porque é mesmo verdade, verdadinha. Todos eles e mais os viajantes e turistas culturais têm um Hotel em Nova York que é mesmo feito por medida para o seu gosto: 6 mil livros distribuídos pelos seus dez andares, com temas que vão da religião à ciência, ordenados pelo sistema de catalogação decimal Dewey. Se é amante da arte, os bons quartos ficam no sétimo piso, onde podem encontrar os livros internacionais de fotografia, moda e música. Para quem prefere a narrativa e a poesia, faz favor de ficar no oitavo piso, apesar deste ser o mais procurado por causa da sua oferta de temas eróticos. De tal maneira que o preço dos seus quartos duplica. Enquanto pode ficar geralmente por 150 euros por noite, no oitavo piso o quarto custa 300 euros. Enfim, se gosta de ler ou tem suficiente curiosidade para matar, recomendo-lhe o Library Hotel, na esquina de Madison com a Rua 41, a dois passos da Biblioteca Pública. Se não vai, mas quer ver, vá à net e busque em libraryhotel.com. Em qualquer dos casos, boa viagem e uma excelente estadia.
Já direitos a Floripa!
JÁ QUE HOJE FAÇO recomendações turísticas, procurando destacar o que é menos conhecido de quem gosta de viajar ou tem de se dar a esse incómodo, por este ou aquele motivo, deixem-me entrar pelo Brasil e vender-vos alguma coisa que foge ao Nordeste das nossas agências de viagem, às rotas da TAP e às revistas cor de rosa e sua detestável freguesia. Assim, falo-vos hoje de Florianópolis, ou Floripa, como lhe chamam os seus habitantes e também os paulistas. Fica na Lagoa da Conceição, no coração da Ilha de Santa Catarina, tem 400 mil habitantes, uma cultura 60 por cento alemã e 40 por cento italiana, cujas respectivas comunidades têm tratado muito bem esta pérola de fazendas, quintinhas, hotéis, restaurantes, escolas exemplares, transportes eficientes e cómodos e tão segura que nem parece estarmos no Brasil. Floripa larga-nos uma energia criativa que é bom sabermos aproveitar, seja nos pubs, bares, teatros, museus e clubes. Os restaurantes oferecem excelentes peixes e mariscos frescos. Os consumistas têm à disposição pequenas lojas encantadoras e moderníssimos centros comerciais, e claro que tem excelentes praias. De que é que está à espera??! Olhe que Abril já é mais fresco e molhado!
O amor de Miami
COM 45 ANOS de idade, dos quais os últimos 20 passou a revolucionar cidades americanas com o seu conceito de New Urbanism, Craig Robins, natural de Miami, decidiu transformar para melhor a sua cidade natal e está a consegui-lo. Há também quem lhe chame o Donald Trump da Florida, por ter lançado o Design District de Miami, hoje um bairro de culto, recuperado duma área degradada da cidade, hoje cheia de galerias, lofts de artistas, casas de gente jovem e bonita, designers, restaurantes, galerias e citório de pequeno imobiliário. O último projecto de Robins chama-se Aqua e é o mais ambicioso de todos: construir um bairro residencial completo em Allison Island, uma zona ao Norte de Miami. Depois de na South Beach ter construído o supra-sumo da arte Déco, Robins que contrariar os arranha-céus que nos anos 50 estragaram o horizonte daquela interessante cidade - Robins não esconde o seu amor por Miami.
O som de Abbado
QUANDO O MAESTRO Abbado se apresentou em Berlim para substituir o lendário Von Karajan à frente da Filarmónica de Berlim, o italiano, na sua apresentação, disse aos músicos, com grande simplicidade: ”Quero e gostaria muito que me chamassem apenas Cláudio”. Com estas palavras os Berliner Philarmoniker perceberam que estavam a viver o início duma nova era. Até 2002 viveu-se esse período mais humano e caloroso na Filarmónica, o que se reflectiu em 5 CDs. Do Fausto ao mito do Prometeu, as coisas mudaram. A liberdade de expressão, a imaginação, a magnificência técnica criaram um som luminoso, diferente do fascínio pelo obscuro, o contraponto e o negativo que eram marcas inesquecíveis de Von Karajan, talvez o mais fantástico director de orquestra do século XX.
Édipo em Flash Back
NUM FILME de Alexander Klug, um grande actor, entrevistado por um jornalista que lhe pergunta se, quando faz teatro, lhe custa morrer todas as noites em cena, responde: ”Mas quando vou para o teatro e entro no palco, não sei que vou morrer! ”Se não sabe o intérprete, por maioria de razão desconhece-o a personagem, que naturalmente ignora a sua sorte, tal como Édipo, que Sófocles pôs a investigar, desconhecendo ser investigador e culpado, cego e amparado pela sua filha Antígona, como já o representaram. Um Édipo em “flash-back”, capaz de falar de Sabra e Chatila, pelo texto de Jean Genet, essa força dos clássicos que aguenta tudo, até Édipo em “flash back”...
Os Filhos de Betty
“QUEREMOS viver, amar e construir uma sociedade justa e pacífica. Quero que os nossos filhos possam viver com alegria e em paz”. Estas palavras deram a volta ao mundo, tornando-se no lema, muito simples, duma mulher excepcional. Betty Williams, activista irlandesa e Nobel da Paz em 1976, fez da sua protecção à infância a sua razão de vida. Agora, em Itália, conseguiu os apoios e o agradecimento para construir a Cidade da Paz, destinada a acolher pequenos órfãos de guerra.
LIVROS
“Il Circo dell’ Arte”
Saggiatore (Génova)
216 págs., € 35
A história da atracção fatal pelo mundo do circo, de Picasso a Cattelan. Absolutamente a não perder!
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