SOMOS UNS ANIMAIS MUITO CURIOSOS. Espingardamos muitas vezes sem razão e por maus motivos, mas deixamo-nos enganar e confiamos em quem não merece a nossa confiança. Veja-se o actual fenómeno a que convencionamos dar o nome de “crise”. Deixámo-nos enganar, fomos para o matadouro sem balir, ajudámos os algozes, perdoamos a quem lhes armou a mão e fechou os olhos ao massacre e, agora, com eles a servirem-se dos nossos restos para se desenvencilharem das suas próprias confusões, vamos ainda perguntar-lhes se sabem quando é que acaba a trapalhada que criaram.
A nossa relação com os economistas foi sempre estranha. Não falamos o mesmo idioma, muitas vezes não percebemos nem metade do que dizem, mas fingimos perceber tudo, abanamos o chocalho e quando alguém nos pergunta alguma coisa, comentamos filosoficamente, com um ar muito bem informado: "Isto não é fácil. E vamos ver se não piora ainda mais!”
Esta coisa a que chamam “crise” e através da qual os capitalistas remendam o capitalismo e amparam os novos lucros, começou no Outono de 2007. Quanto tempo durará ainda mais? Os economistas não sabem. 2010, dizem uns, 2012, vaticinam outros. Como não sabem quanto é que isto custou nem quanto mais é preciso. Não acham estranho precisarmos duma “crise” para ficarmos a saber que, afinal, o Governo, tem muitos milhares de milhões, que mete aqui e tira dali depois de andar a dizer que não havia dinheiro para nada?! Não desconfiam desta gente que não soube prever nada e que agora só dá palpites acerca de quando devemos esperar que a crise acabe?! Uns tipos que localizam os prejuízos entre 20 mil milhões de euros e três triliões de dólares não são de fiar!
Li nos jornais que na cadeia da PJ de Lisboa foram buscar o suposto autor de 26 assaltos a bancos para tomar conta da tesouraria e do fundo de maneio. E os jornais estavam muito admirados! Quem queriam eles que tomasse conta do dinheiro e desse contas certas?! Polícias?! Banqueiros?! Por amor de Deus!
Para nos distrair, os economistas dizem agora que o importante é estarmos atentos à saída da crise. Dizem eles que temos de sair em alta e não em baixa. Gatinhar não é com eles…
Portanto, dizem que investir é fundamental para as empresas se tornarem verdadeiramente competitivas e podermos manter a população activa com trabalho, de modo a que o ajustamento se faça sem ser à custa dos recursos humanos, procurando preservar a qualidade da mão de obra, que será um dado precioso no histórico momento da recuperação. Topam?!
Não se esqueçam que esta “crise” é só a primeira derrota da querida globalização! Em vez de quebrar as ondas, criou este monstruoso “tsunami” e criou correntes, boieiros e redemoinhos que nos esfacelam contra as rochas.
A nossa relação com os economistas foi sempre estranha. Não falamos o mesmo idioma, muitas vezes não percebemos nem metade do que dizem, mas fingimos perceber tudo, abanamos o chocalho e quando alguém nos pergunta alguma coisa, comentamos filosoficamente, com um ar muito bem informado: "Isto não é fácil. E vamos ver se não piora ainda mais!”
Esta coisa a que chamam “crise” e através da qual os capitalistas remendam o capitalismo e amparam os novos lucros, começou no Outono de 2007. Quanto tempo durará ainda mais? Os economistas não sabem. 2010, dizem uns, 2012, vaticinam outros. Como não sabem quanto é que isto custou nem quanto mais é preciso. Não acham estranho precisarmos duma “crise” para ficarmos a saber que, afinal, o Governo, tem muitos milhares de milhões, que mete aqui e tira dali depois de andar a dizer que não havia dinheiro para nada?! Não desconfiam desta gente que não soube prever nada e que agora só dá palpites acerca de quando devemos esperar que a crise acabe?! Uns tipos que localizam os prejuízos entre 20 mil milhões de euros e três triliões de dólares não são de fiar!
Li nos jornais que na cadeia da PJ de Lisboa foram buscar o suposto autor de 26 assaltos a bancos para tomar conta da tesouraria e do fundo de maneio. E os jornais estavam muito admirados! Quem queriam eles que tomasse conta do dinheiro e desse contas certas?! Polícias?! Banqueiros?! Por amor de Deus!
Para nos distrair, os economistas dizem agora que o importante é estarmos atentos à saída da crise. Dizem eles que temos de sair em alta e não em baixa. Gatinhar não é com eles…
Portanto, dizem que investir é fundamental para as empresas se tornarem verdadeiramente competitivas e podermos manter a população activa com trabalho, de modo a que o ajustamento se faça sem ser à custa dos recursos humanos, procurando preservar a qualidade da mão de obra, que será um dado precioso no histórico momento da recuperação. Topam?!
Não se esqueçam que esta “crise” é só a primeira derrota da querida globalização! Em vez de quebrar as ondas, criou este monstruoso “tsunami” e criou correntes, boieiros e redemoinhos que nos esfacelam contra as rochas.
Mais Alentejo – Agosto de 2009
1 comentário:
Portugal está em crise desde 1974, sempre esteve, nunca deixou de estar, e como tal os Portugueses raramente sentem grandes diferenças na sua vida.
Tudo está como sempre, um pouco mais de desempregados, mas com as conquistas marxistas até conseguem ficar em casa a receber um belo dum subsidio sem se preocuparem a procurar emprego.
Portugal está normal, a meu ver sempre bem, recomenda-se, os Espanhóis enfrentam crise agora, nós enfrentamos o Portugal de sempre, e é bom que assim fiquemos, na nossa, sem levantar.
e a globalização vai falhar em grande durante uns tempos, provavelmente quase duas décadas por causa da energia, transportar produtos vai ser tão caro com a real crise energética que entretanto começou que o mundo vai cada vez mais usar produtos locais de custo de transporte mais baixo... será provisório, mas será uma pancada grande nos planos "globais"
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