sábado, 8 de agosto de 2009

Faca na Liga


SLB: Nem precisa de ganhar!


Dá gosto ver o Benfica deste ano jogar futebol. Saviola, Aimar, Di Maria, Javi Garcia vão lá para dentro e vê-se o gozo que têm a jogar à bola. Até dá a impressão que o Jesus lhes diz:”caballeros, lá para dentro e joguem a chincha como vocês sabem!” O Cardozo escuta a conversa e chuta, distraído, com o pé esquerdo. Então chegou a vez do Jesus fazer aquela rábula de andar ali para trás e para diante a fingir que lhes dá indicações! O Benfica está a jogar tão bem que nem precisa de ganhar, o que pode ser preocupante depois das águias terem ganho tudo em que se meteram: Guadiana, Amsterdam, Guimarães! Mais houvesse, mais ganhariam, não falando dos “colchoneros”, claro! Já o Sporting está jogar tão fraquinho que tem de ganhar. Foi o que aconteceu na Holanda, só para contrariar os comentadores da SIC e o McClaren que é burro. Então defende-se 93 minutos para ganhar uma eliminatória?! Pois é! Vai buscá-la e vai-te curar!

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Melão dourado: arquiva!

Palavra que fico satisfeito por ver a UEFA a arquivar no cesto dos papéis o processo do apito dourado e a deitar fora as queixas que houve quem fizesse no organismo do futebol europeu para lixar o FC Porto e seus dirigentes máximos. Dá-me uma grande satisfação ver tudo resumido a argumentos de filmes de pai incógnito e a livros trepidantes de jornalistas criativos que ainda lixam a D. Carolina, se não lhe arranjarem um daqueles programas de protecção às testemunhas, como nos filmes americanos. Para sermos mal vistos lá fora já chega que chega. Agora quem queria tramar o FC Porto, que deixe amadurecer o melão até ficar dourado e… arquive!

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Saudades deles todos

Verdade que o Benfica foi buscar o Garcia para trinco e aquele meio campo ficou uma maravilha. Mas a verdade é que o Katsouranis faz falta. Eu tenho saudades deste, por estar mais recente, mas também me lembro muitas vezes do Karagounis, sempre com aquele ar satisfeito e a barba por fazer, já para não falar do Micolli, mas o italiano foi bem substituído. Deu-me este ataque de saudade só porque me distraí a ver o Panatinaikos e encantou-me ver o golo do Katsouranis que ajudou ao apuramento da equipa grega. Eu sei que com os reforços deste ano, ninguém faz falta. Mas deixem-me confessar uma coisa: por mim, ainda cá tinha todos! Até o Stromberg e o Schwartz.

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Dois meses para mostrarem o que valem

O polaco Koschak ou o inglês Ben Foster têm dois meses para mostrarem o que valem enquanto o holandês Van Der Sar recupera das fracturas dum dedo da mão esquerda que partiu quando o famoso guarda-redes da selecção holandesa e do Manchester United defendia os penalties de desempate contra o Bayern de Munique que a equipa de Nani defrontou num jogo privado deste louco período de pré-época. O holandês, de 38 anos de idade, foi operado e o ortopedista que acompanha a recuperação do atleta conta que Van der Sar recupere e esteja já a jogar na segunda metade do mês de Outubro.

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Nelson número 3

Até quando inventaram os cromos dos jogadores da bola para se concorrer a uma lata de rebuçados embrulhados em estampas de jogadores que se deviam colar numa caderneta que, uma vez preenchida, poderia dar a sorte duma bola de futebol de “cautchou”, a sério, já há muito que os guarda-redes eram o número 1. Aliás os números tinham a ver com as posições: 2 era defesa direito; 3, defesa esquerdo; 5 defesa central; 9, avançado centro; 7, extremo direito; 11, extremo esquerdo; e hoje, no futebol moderno, toda a gente sabe que o número 10 é o “playmaker”, o armador, o homem que põe a equipa toda a jogar. Pois parece que o simpático e excelente guarda-redes Nelson, que renderá no Belenenses o brasileiro Júlio César que Jorge de Jesus levou p’ara a Luz, vai ser o número 3, uma originalidade do clube da Cruz de Cristo, pelo menos desde que, no FC Porto, Vítor Baía era o 99.

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Mourinho enlouquece Pequim

Milhares de chineses a agitarem livros de Mourinho enxamearam o aeroporto da capital chinesa, no momento do desembarque do Inter de Milão criando um sururu em Pequim que está entusiasmada para ver o “special one” ao vivo e a cores. Curiosamente, Etoo, o camaronês que protagonizou a última das mais mediáticas e valiosas transferências do futebol europeu, ao servir de moeda de troca para a compra de Ibrahimovitch pelo Barcelona ao Inter, e a menos de dois metros de distância de “lo speciale”, não chamava as atenções das multidões chineses, tão centradas elas estavam no treinador português que, numa manobra inteligente de diversão, elogiou outros treinadores e outras equipas que disputam com o Inter o "scudetto”. Mas nem assim…Sócrates pode passear em Paris ou Londres que ninguém o conhece, Herman José pode ir comprar caramelos a Badajoz que ninguém dá por ele, mas Saramago, Maria João Pires, Elizabeth Matos, Paula Rego, Manuel de Oliveira, Mourinho e CR9 são marcas bem portuguesas conhecidas em todo o Mundo. Por muito que isto possa custar a alguém…

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Castela e 1.º de Dezembro

Edite Fernandes e Sónia Matias são jogadoras de futebol do Atlético de Madrid e do Saragoça, respectivamente. Elas vieram para jogar pelo “1.º de Dezembro”, de Sintra, que disputou com as dinamarquesas do Brondby, tendo-se classificado no segundo lugar do seu grupo, atrás do Brondby que é 8.º no ranking mundial, mas à frente das meninas do Cardiff e do Birkirkara. Interessante este sistema simpático do “vou ali jogar um joguinho, venho já” e a graça de ver duas expatriadas na Ibéria, rendidas ao poder de Castela, mas virem até Sintra para defenderem o “1.º de Dezembro”, da nossa independência …

1 comentário:

joca disse...

o futebol vai continuar a existir enquanto:

1. existirem pessoas mentalmente limitadas que não sabem o que fazer durante os seus tempos livres

2. houverem gajos sem dentes

3. houver necessidade de branqueamento(s)

4. houverem maridos que querem estar uma tarde longe da mulher chata e dos filhos idiotas

5. gajos divorciados que não sabem onde levar o filho na sua vez de fim-de-semana

o que vale são as novas gerações, mais inteligentes, mais pro-activas e multi-funcionais que já sabem distinguir do que dá valor a elas próprias do que é uma perda descomunal de tempo