Master To
A SELECÇÃO DO VIETNAM tem como treinador Henrique Calixto, figura que já há tempos é o seleccionador de futebol do simpático país do Sueste Asiático. O prof. Henrique Calixto começou por ser conhecido popularmente, por “Mister”, depois,”Mister To” e agora é o “Master To” (Mestre To). O “mestrado” vem do respeito e simpatia com que as autoridades desportivas vietnamitas e o público em geral apreciam e valorizam o nosso compatriota. To é a terminação de Calixto, que eles pronunciavam acentuando a última sílaba. Assim, em vietnamita, o professor ficou mais amigo e mais carinhoso.
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Portugal em Hanói
O dinâmico empresário FIFA Jorge Mendes foi de férias até Hanoi e logo à chegada não escondia a sua preocupação em encontrar forma de poder ver o Bósnia-Portugal, a segunda mão do nosso “play-off” em que se jogava a nossa passagem para a África do Sul, e que acontecia logo nessa primeira noite do respeitado agente no Intercontinental de sonho dos arredores de Hanói. Valeu-lhe o prof. Henrique Calixto, que Jorge Mendes trata com o maior respeito, e que estava de regresso a Hanói depois do Vietnam ter empatado a zero com a Síria, o que ainda deixava em aberto esperanças no Asean.
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O substituto do “Mini Mourinho”
Mourinho não ficou descalço quando o seu amigo André Villas Boas lhe disse que ia começar a sua carreira a solo na Académica de Coimbra. Amigo do seu amigo, “IL Speciale” deu alguns conselhos, despediu-se do seu jovem pesquisador e analista e telefonou para a Tunísia. Aí, num modestíssimo clube, o Esperance, trabalhava José Morais, o homem que hoje substitui o “Mini Mourinho”(como lhe chamavam no Chelsea) em São Ciro. Morais conhecera e trabalhara com Mourinho no Benfica, durante a curta passagem do “Number One” pela Luz. Humilde e divertido, Morais é hoje encarado como um factor positivo para a boa disposição do técnico principal do Inter de Milão. E nem hesitou em apanhar um avião, passar por Lisboa e rumar a Milão assim que recebeu o convite pelo telefone. A ida de José Morais para o Inter e a reportagem sobre ele a trabalhar com Mourinho em Itália foi uma bofetada de luva branca na imprensa desportiva sueca, que se rira do pouco conhecido treinador português. Quando na Suécia Morais treinou o Assyriska, um modesto clube dos escalões secundários, perguntaram-lhe numa entrevista quem conhecia no futebol e onde trabalhara. Morais, modestamente, disse que trabalhara com Mourinho e estivera com ele no Benfica, o que lhe valeu ser gozado nos jornais suecos até recentemente. Agora, os suecos já foram a Milão fazer uma reportagem sobre o antigo treinador do Assyrisca.Ora toma!
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As nações unidas de Mourinho
Com quem trabalha Mourinho no Inter? Pois imaginem a trabalheira que deve dar esta gente toda! Mourinho trabalha todos os dias com 5 italianos, 4 argentinos, 5 brasileiros,2 eslovenos,1 colombiano,1 austríaco,1 hondurenho,1 francês,1 nigeriano,1 holandês, 1 português,1 sérvio, 1 camaronês e 1 ganês.Nos idiomas, enfim, não será difícil, mas os feitios e as idiossincrasias
é que devem ser de, às vezes, perder a cabeça.
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A mão negra do “Speciale”
Houve quem reparasse na ligadura negra que Mourinho trazia numa das mãos. Com ela, o treinador português procurava usar uma imobilização de dois dedos seus sem sujar a ligadura. Porquê? Fácil, a resposta: José Mourinho partiu dois dedos jogando basquetebol com o seu filho. Dois reparos: Mourinho sabe que faz falta ao filho e encontra sempre que pode tempo para ele.O professor não fica prisioneiro da modalidade em que se celebrizou e gosta e estimula os seus filhos a praticarem outras. Está bem entregue o doutoramento “honoris causa” da FCMH que tanta invejinha rasteira despertou.
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Mourinho por interposta pessoa
Avizinha-se um jogo interessantíssimo para o nosso campeonato da primeira divisão de futebol: o Benfica-Académica! Vai ser Jorge Jesus contra Villas Boas, que é quase o mesmo de Jesus contra José Mourinho, por interposta pessoa. Uma equipa que não se pode atrasar mais e outra que ainda tem muito mais para trepar para lá do que já subiu quando mudou de treinador e foi buscar o “Mini-Mourinho”.Além das picardias do resultado,das diferenças nos orçamentos e nas habilitações dos técnicos, vamos assistir a um interessantíssimo duelo táctico naquela partida onde, para lá dos talentos pode marcar diferença a inteligência.
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A teimosia dos collants
Estou em crer que a história dos collants foi um “fédiver” (como escreve o meu amigo Zambujal) da imprensa desportiva. Que estava um grande grizu, não tem dúvidas pois na BieloRússia, nesta época do ano, não se espera outra coisa. Agora que Jesus seja daqueles machos que quem usar camisola térmica e ceroulas de malha é maricas, não acredito. Acho que aquilo foi uma decisão igual à outra de estarem sempre aos saltinhos na marcação dos cantos. Tem a ver com a psicologia mas também diz respeito à motricidade. Pelo menos, a rapaziada mexe-se mais para aquecer…e quando não há grandes assuntos é uma daquelas histórias que dá um jeitão aos enviados especiais.
A SELECÇÃO DO VIETNAM tem como treinador Henrique Calixto, figura que já há tempos é o seleccionador de futebol do simpático país do Sueste Asiático. O prof. Henrique Calixto começou por ser conhecido popularmente, por “Mister”, depois,”Mister To” e agora é o “Master To” (Mestre To). O “mestrado” vem do respeito e simpatia com que as autoridades desportivas vietnamitas e o público em geral apreciam e valorizam o nosso compatriota. To é a terminação de Calixto, que eles pronunciavam acentuando a última sílaba. Assim, em vietnamita, o professor ficou mais amigo e mais carinhoso.
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Portugal em Hanói
O dinâmico empresário FIFA Jorge Mendes foi de férias até Hanoi e logo à chegada não escondia a sua preocupação em encontrar forma de poder ver o Bósnia-Portugal, a segunda mão do nosso “play-off” em que se jogava a nossa passagem para a África do Sul, e que acontecia logo nessa primeira noite do respeitado agente no Intercontinental de sonho dos arredores de Hanói. Valeu-lhe o prof. Henrique Calixto, que Jorge Mendes trata com o maior respeito, e que estava de regresso a Hanói depois do Vietnam ter empatado a zero com a Síria, o que ainda deixava em aberto esperanças no Asean.
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O substituto do “Mini Mourinho”
Mourinho não ficou descalço quando o seu amigo André Villas Boas lhe disse que ia começar a sua carreira a solo na Académica de Coimbra. Amigo do seu amigo, “IL Speciale” deu alguns conselhos, despediu-se do seu jovem pesquisador e analista e telefonou para a Tunísia. Aí, num modestíssimo clube, o Esperance, trabalhava José Morais, o homem que hoje substitui o “Mini Mourinho”(como lhe chamavam no Chelsea) em São Ciro. Morais conhecera e trabalhara com Mourinho no Benfica, durante a curta passagem do “Number One” pela Luz. Humilde e divertido, Morais é hoje encarado como um factor positivo para a boa disposição do técnico principal do Inter de Milão. E nem hesitou em apanhar um avião, passar por Lisboa e rumar a Milão assim que recebeu o convite pelo telefone. A ida de José Morais para o Inter e a reportagem sobre ele a trabalhar com Mourinho em Itália foi uma bofetada de luva branca na imprensa desportiva sueca, que se rira do pouco conhecido treinador português. Quando na Suécia Morais treinou o Assyriska, um modesto clube dos escalões secundários, perguntaram-lhe numa entrevista quem conhecia no futebol e onde trabalhara. Morais, modestamente, disse que trabalhara com Mourinho e estivera com ele no Benfica, o que lhe valeu ser gozado nos jornais suecos até recentemente. Agora, os suecos já foram a Milão fazer uma reportagem sobre o antigo treinador do Assyrisca.Ora toma!
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As nações unidas de Mourinho
Com quem trabalha Mourinho no Inter? Pois imaginem a trabalheira que deve dar esta gente toda! Mourinho trabalha todos os dias com 5 italianos, 4 argentinos, 5 brasileiros,2 eslovenos,1 colombiano,1 austríaco,1 hondurenho,1 francês,1 nigeriano,1 holandês, 1 português,1 sérvio, 1 camaronês e 1 ganês.Nos idiomas, enfim, não será difícil, mas os feitios e as idiossincrasias
é que devem ser de, às vezes, perder a cabeça.
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A mão negra do “Speciale”
Houve quem reparasse na ligadura negra que Mourinho trazia numa das mãos. Com ela, o treinador português procurava usar uma imobilização de dois dedos seus sem sujar a ligadura. Porquê? Fácil, a resposta: José Mourinho partiu dois dedos jogando basquetebol com o seu filho. Dois reparos: Mourinho sabe que faz falta ao filho e encontra sempre que pode tempo para ele.O professor não fica prisioneiro da modalidade em que se celebrizou e gosta e estimula os seus filhos a praticarem outras. Está bem entregue o doutoramento “honoris causa” da FCMH que tanta invejinha rasteira despertou.
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Mourinho por interposta pessoa
Avizinha-se um jogo interessantíssimo para o nosso campeonato da primeira divisão de futebol: o Benfica-Académica! Vai ser Jorge Jesus contra Villas Boas, que é quase o mesmo de Jesus contra José Mourinho, por interposta pessoa. Uma equipa que não se pode atrasar mais e outra que ainda tem muito mais para trepar para lá do que já subiu quando mudou de treinador e foi buscar o “Mini-Mourinho”.Além das picardias do resultado,das diferenças nos orçamentos e nas habilitações dos técnicos, vamos assistir a um interessantíssimo duelo táctico naquela partida onde, para lá dos talentos pode marcar diferença a inteligência.
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A teimosia dos collants
Estou em crer que a história dos collants foi um “fédiver” (como escreve o meu amigo Zambujal) da imprensa desportiva. Que estava um grande grizu, não tem dúvidas pois na BieloRússia, nesta época do ano, não se espera outra coisa. Agora que Jesus seja daqueles machos que quem usar camisola térmica e ceroulas de malha é maricas, não acredito. Acho que aquilo foi uma decisão igual à outra de estarem sempre aos saltinhos na marcação dos cantos. Tem a ver com a psicologia mas também diz respeito à motricidade. Pelo menos, a rapaziada mexe-se mais para aquecer…e quando não há grandes assuntos é uma daquelas histórias que dá um jeitão aos enviados especiais.
«24 horas» de 6 de Dezembro de 2009
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