domingo, 25 de outubro de 2009

«Faca na Liga» de 25 Out 09

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Deitar o estádio abaixo

Em Aveiro há quem pense, a sério, em deitar abaixo o estádio vazio da cidade que Guterres mandou construir entre os 10 que edificou para o campeonato Europeu de Futebol, gastando, ao todo, cerca de 400 milhões de euros. O estádio de Aveiro, que custou mais de 40 milhões de euros, tal como todos os outros, exige que gastem com ele cerca de 20 milhões de euros todos os anos, o que é incomportável para o orçamento da cidade que suporta o estádio municipal. O poder político socialista de então obrigou o clube aveirense Beira Mar a abandonar o seu estádio Mário Duarte para passar a jogar no Estádio agora ameaçado, onde cerca de 800 a 2500 espectadores se juntam para ver cada jogo do seu clube em casa. Uma vereadora do PSD agora eleita nestas últimas autárquicas já falou em mandar proceder à implosão do estádio que ninguém quer. Recorde-se que entre os estádios construídos por Sócrates no Governo de Guterres, figuram o de Aveiro, Coimbra e Leiria, todos eles a menos de 60 quilómetros de distância entre si, e só agora com dois pequenos clubes na primeira divisão. O Estádio Algarve, em Faro, não tem nenhuma equipa na Liga Sagres e ultimamente tem servido para concertos e corridas de automóveis. Observadores independentes e estrangeiros não compreendem a despesa do Governo de Guterres com os 10 estádios, fazendo injustos comentários, pouco abonatórios da seriedade dos políticos portugueses.

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Ericson volta a casa?

O nosso querido Sven Goran Ericson, ex-treinador do Benfica dos bons tempos, triunfador de Itália, seleccionador de Inglaterra, refundador do Manchester City e, agora, baby-sitter do Notts County, o mais antigo clube de futebol do Mundo, com uns patrões cheios de dinheiro para recuperá-lo até à glória da Premier League inglesa, está a considerar o regresso à sua Pátria para ser o que ali, profissionalmente, nunca foi: seleccionador da Suécia. Yonas Nistedt, director da comunicação da Federação da Suécia e amigo pessoal de Ericson espera que, antes do fim desta semana, se chegue a alguma conclusão e que esta possa ser o regresso de Ericson a casa, já como seleccionador nacional. O principal motivo desta decisão do presidente da Federação da Suécia, Lars Ake Lagrell, foi a derrota da Suécia na Dinamarca, o que possibilitou a subida de Portugal ao segundo lugar do grupo e disputar o play-off para poder viajar até à fase final do Campeonato do Mundo, no próximo ano, na África do Sul. Ericson deixou a Suécia em 1982, ano em que ganhou a desaparecida taça UEFA para o seu clube, o Gotemburgo, para se tornar treinador do Benfica de 1982 até 1984, regressando à Luz numa segunda fase, entre 89 e 92. O único problema a demorar a decisão patriótica do treinador sueco é o contrato multimilionário que o prende ao Notts County, e cuja ultrapassagem faz pensar duas vezes a direcção da Federação Sueca.

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O Paulo Bento de Espanha

Se em Portugal temos um treinador no Sporting que os seus dirigentes dizem que é “forever“ (para sempre), o Paulo Bento dos espanhóis chama-se Abel Resino e “está de pedra e cal” no Atlético de Madrid, que é o 15.º classificado com um mísero ponto de vantagem sobre os pontos do último. Abel Resino diz que o futebol “está a ser muito injusto para nós,” acrescentando que “temos de trabalhar no duro e corrigir os erros”. O Atlético é adversário do Porto no mesmo grupo da Liga dos Campeões e Simão Sabrosa é um dos seus melhores jogadores. Os adeptos dos “colchoneros” confessam, por seu turno, estarem fartos de ver o seu clube a perder jogos consecutivos, com grandes jogadores, entre os quais avultam Forlan, um brilhante avançado do Uruguai, e Aguero, genro de Diego Maradona e estrela da selecção argentina. Todos os jogadores que compõem seu grande plantel não conseguem ganhar pontos para o Atlético e entre os apoiantes mais dilectos muitos há que desejam ver Abel Resino pelas costas, no que são acompanhados por grande parte dos jogadores.

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Miccoli grato ao Benfica

Miccoli, o pequeno italiano que jogou na frente de ataque do Benfica e agora é o capitão do Palermo, o clube cuja equipa representa a Sicília, confessou à Imprensa italiana que esteve tão lesionado, e durante tanto tempo, durante o seu tempo em Lisboa, que chegou a pensar em pendurar as chuteiras e não jogar mais futebol, dando por finda a sua brilhante carreira. Fabrizio Miccoli reconhece, porém, que foi devido ao grande apoio que sempre sentiu em Portugal e que os adeptos do Benfica lhe dispensaram, desde que para cá veio contratado pelo clube da águia, que conseguiu recuperar, com a ajuda, paciência e compreensão da sua mulher, que o convenceu a não deixar de jogar.

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Benaglio mais 5 anos na Alemanha

O ex-guarda-redes suíço do Nacional da Madeira, Diego Benaglio, renovou até 2013 o seu contrato com o Wolfsburg, o clube da terra da Volkswagen pelo qual trocou o segundo clube da Pérola do Atlântico pelo rico e poderoso clube alemão depois de ter jogado pelo Estugarda de 2002 a 2005, antes de defender as balizas do Nacional três anos consecutivos.

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«24 horas» de 25 Out 09

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