A CONSPIRAÇÃO judaico-maçónica existiu, na realidade, ou foi uma desculpa e um pretexto de que diversos ditadores se serviram para justificarem desculpas e alguns dos seus crimes mais notáveis? Perante a dificuldade de atribuir os males da nação à oposição inexistente, Hitler, Mussolini, Franco e Salazar socorreram-se da conspiração judaico-maçónica e ampararam-se na sua luta sem quartel contra esta maléfica efabulação, ferramenta de grande valor para a propaganda dos seus regimes autoritários.
Para quem não tenha idade para saber, concretamente, aquilo de que estou a escrever, talvez seja melhor explicar que esses regimes combatiam um inimigo impreciso e abstracto que servia de bode expiatório para todos os males que originam, precisamente, o totalitarismo.
O PS e o PSD de hoje não são herdeiros directos do salazarismo e os seus dirigentes são homólogos dos políticos de centro-direita que pululam pela nossa Europa. E por muito que se empenhe a actual a máquina governamental, o PSD não é herdeiro do “ancient regime”, talvez até menos do que o próprio PS actual, que se esforça, por caminhos ínvios, a fingir que sofre os métodos victimistas da propaganda que aprendeu e, desde sempre, pratica.
Antigamente, Portugal não produzia devido à “persistente seca” que servia de pretexto para uma agricultura anacrónica que, a par da “conspiração judaico maçónica, servia para explicar o lento desenvolvimento duma nação, ainda por cima, atormentada pela “agressão comunista”.
Hoje, Sócrates, com grande habilidade, nenhuma vergonha e escasso rigor converteu os oposicionistas, em todos os seus matizes, nos maus da fita, tal como os ditadores fizeram com os judeus, os maçons e os comunistas. E o pior é que em vez de oferecer alternativas claras e apelativas, o PSD embarca na proposta socialista e traz-nos a música do sufoco democrático, na esperança que a falta de democracia, que é real e todos conhecemos, seja comparável, para o nosso povo, à fome e à miséria que mais de meio milhão de desempregados, num país meio desfeito tem para lhes oferecer.
Para quem não tenha idade para saber, concretamente, aquilo de que estou a escrever, talvez seja melhor explicar que esses regimes combatiam um inimigo impreciso e abstracto que servia de bode expiatório para todos os males que originam, precisamente, o totalitarismo.
O PS e o PSD de hoje não são herdeiros directos do salazarismo e os seus dirigentes são homólogos dos políticos de centro-direita que pululam pela nossa Europa. E por muito que se empenhe a actual a máquina governamental, o PSD não é herdeiro do “ancient regime”, talvez até menos do que o próprio PS actual, que se esforça, por caminhos ínvios, a fingir que sofre os métodos victimistas da propaganda que aprendeu e, desde sempre, pratica.
Antigamente, Portugal não produzia devido à “persistente seca” que servia de pretexto para uma agricultura anacrónica que, a par da “conspiração judaico maçónica, servia para explicar o lento desenvolvimento duma nação, ainda por cima, atormentada pela “agressão comunista”.
Hoje, Sócrates, com grande habilidade, nenhuma vergonha e escasso rigor converteu os oposicionistas, em todos os seus matizes, nos maus da fita, tal como os ditadores fizeram com os judeus, os maçons e os comunistas. E o pior é que em vez de oferecer alternativas claras e apelativas, o PSD embarca na proposta socialista e traz-nos a música do sufoco democrático, na esperança que a falta de democracia, que é real e todos conhecemos, seja comparável, para o nosso povo, à fome e à miséria que mais de meio milhão de desempregados, num país meio desfeito tem para lhes oferecer.
«Mais Alentejo» - Outubro de 2009
1 comentário:
A condução ao poder de Hitler não resultou de uma eleição democrática agitada e envolta em guerrilhas, facções prisões, bem ao nosso estilo de 1ª Républica??
(Desculpem-me os verdadeiros entendidos, eu só digo aquilo com que fiquei na ideia)
O que motivou tal opção? Isso é História e eu não a conheço bem.
Mas preocupa-me que a necessidade de resolução de problemas tenha de ser feita de uma forma "totalitária"
Onde está a capacidade de dialogo e de entendimento?
Não temos em Portugal quem saiba governar de forma partilhada??
Como será que se teem governado os alemães (RFA RDA)depois de tão tenebroso passado?...
Seguido da reunificação com recessão e inflação...
Não falando ainda na época da CEE com divida publica, desemprego e Extrema direita a mostrar a sua posição de força...
Nos anos 90 com o Tratado de Maastricht e o elevadíssimo aumento do desemprego, por força dos ajustes económicos, cortes nos subsídios e no estado previdência, etc
Enfim se nós estavamos mal e continuamos, será que podemos continuar a ser os coitadinhos... será que não crescemos... e amadurecemos?
Dizia M.Soares nos GFed. que a nossa democracia está bem pois já vai com 30 anos e ele tinha dúvidas se passaria dos 16 ou 17 anos..
Passou dos 17, caminha para os 30 mas vai com uma mão à frente e outra atrás...
Quem pode arrumar a casa deste pequeno pais, segundo muitos aqui plantado...??
AMFreitas
Enviar um comentário