domingo, 23 de maio de 2010

«Faca na Liga» de 23 Mai 10

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Mourinho em São Bento, já!

O Sr. Sócrates foi a Espanha misturar-se com os colegas europeus e latino americanos que ali, recebidos pelos príncipes das Astúrias em substituição do rei recém-operado, se reuniram numa cimeira ibero–americana. Ninguém deu grande importância a Sócrates tirando Ângela Merkel que jantou com ele para lhe explicar como e o quê ele tem de corrigir rapidamente, e também para lhe ensinar o trabalho para casa que lhe deu para ele fazer, para adiar a nossa bancarrota. Até os jornalistas não encontraram outro assunto de interesse para interrogar o chefe do governo socialista português que não fosse o que ele acharia que viria a ser o futuro de José Mourinho. Claro que Sócrates elogiou o português mais admirado do planeta e disse uma coisa que não deveria ter dito:”Mourinho poderia vir a ser um bom treinador para o Real Madrid”. Além da interferência na vida interna do maior clube espanhol, Sócrates disse uma grande asneira! É que Mourinho dava jeito a liderar uma equipa de políticos europeus com provas dadas que viesse a ser constituída para tirar Portugal do buraco onde Sócrates e os seus camaradas o meteram. Mourinho é só vantagens: começa por não ser mentiroso, não é corrupto,define com clareza uma estratégia, manobra tacticamente como poucos, é inteligente, tem um curso verdadeiro duma Faculdade oficial, que ainda por cima o doutorou “honoris causa”, é respeitado em todo o Mundo, é trabalhador, mobiliza toda a gente para um objectivo, sabe o que se deve fazer na derrota e na vitória e faz-nos falta! Para o Real?! Que desperdício!

Português campeão colchonero

Jorge Mendonça - que com seu irmão fez parte duma prestigiada dupla de jogadores portugueses de futebol(os irmãos Mendonça), dos primeiros emigrantes portugueses do desporto rei em simultâneo com o hoje médico Jorge Humberto, director dum hospital em Macau, que jogou em Milão como avançado-centro no “cálcio” - foi campeão de Espanha com o Atlético de Madrid, jogando a médio numa equipa fabulosa que em 1960 e 61 também ganhou duas Taças de Espanha. O atlético só uma vez foi campeão, mas esta de 2010 era “a décima” a ser perseguida pelos “colchoneros”, vencedores de oito finais no Santiago Bernabéu, três das quais contra o seu eterno rival, o Real.

Feliz anúncio

A publicidade audiovisual portuguesa vai de mal a pior, na generalidade. Basta ver os anúncios de Espanha, França e Inglaterra para compararmos a pobreza de ideias e gosto da nossa publicidade audiovisual. Enfim, os clientes gostam, cada um come o que quer. Quando as campanhas não resultarem e deixar de haver aquilo com que se pagam os anúncios, logo ser verá. Feliz anúncio, porém, não só pela execução gráfica mas também pelo conteúdo, é aquele que Carlos Manuel protagoniza. Que belo anúncio e que excelente oportunidade para recordarmos, uns, e para ficarem a saber, outros, como aquele golo fabuloso alimentou as esperanças de Portugal. Um verdadeiro pontapé para o futuro que nos levou à fase final de mais um mundial.

Nuno Gomes merecia

O avançado Nuno Gomes já disse que encerrará a sua carreira no próximo ano, no fim da época. Mas há neste anúncio uma compreensível mágoa. É que o avançado do Benfica, a caminho dos 34 anos, pensava que seria seleccionado e se despediria da selecção e, gradualmente, se iria despedindo do futebol, com alguns jogos, ou substituições, no Benfica para onde veio do Boavista. Recorde-se que Nuno Gomes foi um dos jogadores que mais dinheiro renderam ao Benfica, ao ser vendido para Itália por 16 milhões de euros, regressando depois a custo zero para voltar a ser o melhor marcador dos encarnados.

Um abraço, Mantorras

Há quem estranhe a reacção de Mantorras no fim deste campeonato. Eu compreendo-a e apoio-a, pois os homens percebem aquilo que valem ou podem fazer se conversarem com eles como pessoas e não a tratá-los mal e negligenciando-os como no Benfica fizeram a Mantorras, à excepção de Luís Filipe Vieira que sempre respeitou e protegeu o jovem que levou do Alverca para o Benfica, onde o estropiaram a ponto de não aguentar um jogo completo. Todos sabemos a alegria da entrada de Mantorras em campo. Todos recordamos os golos milagrosos marcados nos 10 minutos que o punham a jogar. Trapatoni percebeu tudo isso e ficou a dever-lhe um campeonato. Ignorá-lo, simplesmente, como Jesus fechou o livro não é maneira. Um abraço, Mantorras.

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