«Faca na Liga» de 25 Out 09

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Deitar o estádio abaixo

Em Aveiro há quem pense, a sério, em deitar abaixo o estádio vazio da cidade que Guterres mandou construir entre os 10 que edificou para o campeonato Europeu de Futebol, gastando, ao todo, cerca de 400 milhões de euros. O estádio de Aveiro, que custou mais de 40 milhões de euros, tal como todos os outros, exige que gastem com ele cerca de 20 milhões de euros todos os anos, o que é incomportável para o orçamento da cidade que suporta o estádio municipal. O poder político socialista de então obrigou o clube aveirense Beira Mar a abandonar o seu estádio Mário Duarte para passar a jogar no Estádio agora ameaçado, onde cerca de 800 a 2500 espectadores se juntam para ver cada jogo do seu clube em casa. Uma vereadora do PSD agora eleita nestas últimas autárquicas já falou em mandar proceder à implosão do estádio que ninguém quer. Recorde-se que entre os estádios construídos por Sócrates no Governo de Guterres, figuram o de Aveiro, Coimbra e Leiria, todos eles a menos de 60 quilómetros de distância entre si, e só agora com dois pequenos clubes na primeira divisão. O Estádio Algarve, em Faro, não tem nenhuma equipa na Liga Sagres e ultimamente tem servido para concertos e corridas de automóveis. Observadores independentes e estrangeiros não compreendem a despesa do Governo de Guterres com os 10 estádios, fazendo injustos comentários, pouco abonatórios da seriedade dos políticos portugueses.

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Ericson volta a casa?

O nosso querido Sven Goran Ericson, ex-treinador do Benfica dos bons tempos, triunfador de Itália, seleccionador de Inglaterra, refundador do Manchester City e, agora, baby-sitter do Notts County, o mais antigo clube de futebol do Mundo, com uns patrões cheios de dinheiro para recuperá-lo até à glória da Premier League inglesa, está a considerar o regresso à sua Pátria para ser o que ali, profissionalmente, nunca foi: seleccionador da Suécia. Yonas Nistedt, director da comunicação da Federação da Suécia e amigo pessoal de Ericson espera que, antes do fim desta semana, se chegue a alguma conclusão e que esta possa ser o regresso de Ericson a casa, já como seleccionador nacional. O principal motivo desta decisão do presidente da Federação da Suécia, Lars Ake Lagrell, foi a derrota da Suécia na Dinamarca, o que possibilitou a subida de Portugal ao segundo lugar do grupo e disputar o play-off para poder viajar até à fase final do Campeonato do Mundo, no próximo ano, na África do Sul. Ericson deixou a Suécia em 1982, ano em que ganhou a desaparecida taça UEFA para o seu clube, o Gotemburgo, para se tornar treinador do Benfica de 1982 até 1984, regressando à Luz numa segunda fase, entre 89 e 92. O único problema a demorar a decisão patriótica do treinador sueco é o contrato multimilionário que o prende ao Notts County, e cuja ultrapassagem faz pensar duas vezes a direcção da Federação Sueca.

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O Paulo Bento de Espanha

Se em Portugal temos um treinador no Sporting que os seus dirigentes dizem que é “forever“ (para sempre), o Paulo Bento dos espanhóis chama-se Abel Resino e “está de pedra e cal” no Atlético de Madrid, que é o 15.º classificado com um mísero ponto de vantagem sobre os pontos do último. Abel Resino diz que o futebol “está a ser muito injusto para nós,” acrescentando que “temos de trabalhar no duro e corrigir os erros”. O Atlético é adversário do Porto no mesmo grupo da Liga dos Campeões e Simão Sabrosa é um dos seus melhores jogadores. Os adeptos dos “colchoneros” confessam, por seu turno, estarem fartos de ver o seu clube a perder jogos consecutivos, com grandes jogadores, entre os quais avultam Forlan, um brilhante avançado do Uruguai, e Aguero, genro de Diego Maradona e estrela da selecção argentina. Todos os jogadores que compõem seu grande plantel não conseguem ganhar pontos para o Atlético e entre os apoiantes mais dilectos muitos há que desejam ver Abel Resino pelas costas, no que são acompanhados por grande parte dos jogadores.

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Miccoli grato ao Benfica

Miccoli, o pequeno italiano que jogou na frente de ataque do Benfica e agora é o capitão do Palermo, o clube cuja equipa representa a Sicília, confessou à Imprensa italiana que esteve tão lesionado, e durante tanto tempo, durante o seu tempo em Lisboa, que chegou a pensar em pendurar as chuteiras e não jogar mais futebol, dando por finda a sua brilhante carreira. Fabrizio Miccoli reconhece, porém, que foi devido ao grande apoio que sempre sentiu em Portugal e que os adeptos do Benfica lhe dispensaram, desde que para cá veio contratado pelo clube da águia, que conseguiu recuperar, com a ajuda, paciência e compreensão da sua mulher, que o convenceu a não deixar de jogar.

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Benaglio mais 5 anos na Alemanha

O ex-guarda-redes suíço do Nacional da Madeira, Diego Benaglio, renovou até 2013 o seu contrato com o Wolfsburg, o clube da terra da Volkswagen pelo qual trocou o segundo clube da Pérola do Atlântico pelo rico e poderoso clube alemão depois de ter jogado pelo Estugarda de 2002 a 2005, antes de defender as balizas do Nacional três anos consecutivos.

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«24 horas» de 25 Out 09

«Faca na Liga» de 18 Out 09

As radiografias tremidas

Yannick Djaló regressou a Portugal com um perónio partido. O médico da selecção de sub-21 jurava que não. Depois, perante a evidência, disse que o aparelho de raios-X polaco que tirara as chapas era primitivo e que o médico radiologista polaco também não vira nenhuma fractura. A sorte dos jogadores portugueses é terem de se tratar dos ossos. Porque se fosse aos olhos eu dizia-lhes já para irem a Barcelona, Havana ou Moscovo para não correrem o risco de ficarem cegos. Assim, podem só ficar coxos. O que nos vale é o rigor da Ordem daquele oftalmologista dos seguros, que só deixa haver bons médicos por cá…Olhem a lesão do Cristiano Ronaldo! Então o rapaz não estava preparado para defender as cores nacionais, como ele disse?! Isso é melhor do que uma ressonância ou um TAC! Ele disse, está dito! Olha, está coxo! Olha, tem de sair! Aos 26 minutos! Que chatice! Pois é! Isto, com ortopedistas, para mim, é assim: Dr. Ribeiro da Cunha, no CUF-Infante Santo. Depois, a clínica Sanitas em Madrid, os cirurgiões da Holanda e Alemanha que trataram o Cristiano Ronaldo e o Manuel Fernandes, respectivamente. E, por fim, para quem não quer andar de prótese, há os catedráticos que deixaram o Mantorras no estado em que está! Mas pergunto eu: se vamos buscar argentinos, uruguaios, norte-americanos, brasileiros e franceses para jogarem por nós à bola e até já temos três brasileiros a jogarem pela selecção, não é possível trazer uns médicos estrangeiros bons na Medicina Desportiva!?

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O Real cuida de Cristiano

O Real Madrid não entende como é possível forçar-se um jogador lesionado a jogar. Vai buscar o exemplo de Cristiano Ronaldo para explorar essa sua admiração. E vai buscar Vicente del Bosque para comparar os métodos da federação portuguesa com a atitude do seleccionador espanhol, à frente da selecção campeã da Europa. Xavi e Puyol regressaram a Espanha autorizados por Del Bosque. Um lesionado num treino, o outro para acelerar o processo de recuperação. Ambos prescindiram dos médicos da selecção para optarem pelos do Barca. O que deu que falar, porque Rafa Benitez queria o mesmo para Torres, do seu Liverpool, e este ficou junto ao resto do grupo e a ser recuperado pelo médico da selecção espanhola. O mais surpreendido pelo estado de Cristiano foi o médico da clínica Sanitas, responsável pela saúde dos atletas do Real. Depois, foi Jorge Valdano, o emblemático director desportivo do Real, um ícone do futebol mundial:”Não é uma lesão nova que Cristiano trouxe! Não é uma lesão provocada por nova pancada na delicada zona afectada! O agravamento só significa que o mais provável é que não estivesse em condições para jogar! Compreendo o desejo de Cristiano em querer jogar e servir o seu País. Mas tem de ser enquadrado por gente responsável”.

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Florentino limpa a casa

Florentino Perez, o presidente do Real Madrid e um dos homens mais ricos de Espanha, decidiu reduzir drasticamente a tropa de assessores, conselheiros, adjuntos, ajudantes e colaboradores da Direcção. Assim, está à beira de desencadear uma limpeza na área dos negócios e da actividade desportiva, infestadas durante o reinado de Ramon Calderon e que Florentino herdou em Junho passado, depois do seu regresso. Desde Junho que Florentino tem estado a avaliar a situação, estudando caso a caso para agora poder desferir o seu primeiro grande gesto de gestão depois das compras dos novos galácticos entre os quais o nosso Cristiano Ronaldo. Calderon é agora imputado com a a fraude da assembleia de Dezembro de 2008 em que foi ganhando favores de todos os sectores do clube, dobrando prémios de jogos, aumentando salários milionários e promovendo ordenados de funcionários. Calderon chegou a ter 10 assessores para o futebol. Por outro lado, naturalmente que Florentino não quer perder Di Stefano, Paço Gento e Amâncio Amaro, que representam bem a gloriosa história do grande clube espanhol, conhecidos em todo o mundo e identificando-se com o Real inequivocamente. O resto deve ir à vida, pelas indicações disponíveis que nos chegaram, este “despedimento colectivo” planeado por Florentino deve corresponder a uma poupança de cerca de meio milhão de euros…

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Espanha obtém pleno:10 jogos,10 vitórias

A Espanha conseguiu o pleno de 10 jogos, 10 vitórias nesta fase de qualificação. Os actuais campeões europeus vergaram a Bósnia Herzegovina que jogava em casa e que os espanhóis consideravam o osso mais duro de roer. Puyol e Xavi Hernandez, que preferiram ser tratados pelos fisioterapeutas do seu clube do que pelos médicos da selecção e que, por isso, regressaram a Barcelona, manifestaram a sua mágoa por não poder participar na 10ª vitória da Espanha nesta fase de qualificação onde ganharam tudo, igualando o Brasil e a Alemanha que, respectivamente em 1970 e 1982, foram as únicas equipas a estabelecer este feito.

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Lazaroni útil a Inácio

Augusto Inácio, o último treinador a ganhar um campeonato com o Sporting antes de ser despedido pelos patrões dos leões está já adaptado e a obter bons resultados que muito vão ajudar na recuperação da Naval. Os figueirenses, por seu turno, depressa adoptaram o novo técnico e os seus métodos, tendo nesse trabalho de integração e adaptação de Inácio, neste seu novo grupo de trabalho, o capitão Lazaroni desempenhado um importante papel.O jovem brasileiro, filho de Sebastião Lazaroni, o seleccionador brasileiro que dirigiu o escrete canarinho no mundial de Itália e comandou o Marítimo há dois anos, garantiu que a equipa “estava inteiramente disponível e apta a assimilar rapidamente os métodos, conceitos e ideias de Augusto Inácio”, constituindo uma importante ajuda para o novo treinador.

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Espião de Mourinho patrão da Académica

Luís André de Pina Cabral e Villas Boas. Um grande e distinto nome para o mais jovem treinador da 1ª Liga portuguesa. Villas Boas abandonou Mourinho em Milão e veio para Coimbra onde vai treinar a Académica até Outubro de 2011, se tudo correr bem. Villas Boas começou no FCPorto, na formação, onde Bobby Robson o descobriu. Esteve, depois, sempre com Mourinho, no Porto, no Chelsea e no Inter, como adjunto do treinador principal e responsável pelo “departamento de observação e análise”. Ou seja, observava, estudava, pesquisava, analisava e informava sobre os adversários. Mourinho incentivou-o a completar o curso UEFA de treinador. Com 31 anos de idade, Villas Boas é o treinador mais jovem da Primeira Liga.Van Der Gaag, holandês antigo jogador e agora técnico do Marítimo, com 32 anos, é o segundo mais jovem!

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Companheiros e adversários

O dramático jogo Uruguai -Argentina para a qualificação para o Mundial ditou que alguns colegas e amigos que jogam na mesma equipa em clubes da Europa se defrontassem em Montevideu num jogo de vida ou de morte. Forlan e Aiguero, companheiros no Atlético de Madrid, parecia que nem se conheciam e nem estragaram a sua concentração com conversas. As palavras só se soltaram depois do apito final. Também Aimar e Di Maria defrontaram Maxi Pereira. Três benfiquistas super concentrados nos dois lados deste embate emocionante entre duas potências do futebol que já foram campeões do mundo.

«24 horas» de 18 de Outubro de 2009

«Faca na Liga» de 11 Out 09

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Ganhar a todos!

Jorge Jesus ficou muito feliz com o resultado da sua equipa em Paços de Ferreira mas ficou ainda mais contente com a exibição da primeira parte onde descobriu toda a agressividade que queria que os seus jogadores demonstrassem, mais a qualidade do colectivo e a virtude de alguns movimentos que passou a semana a ensaiar.
Ou seja, os jogadores do Benfica não acusaram os efeitos da vergonhosa derrota de Atenas onde mais pareceram um bando de rapazes sem comando, nem talento nem vontade, a jogarem contra uma equipa medíocre que poderia ter sido batida e só não foi porque entenderam que não valia a pena, oxalá aqueles três pontinhos não venham a fazer falta como os perdidos pelo Scolari e pelo Queiroz na selecção.
Aliás, esta propensão do Jesus para o que é caseiro é que é bom, não chega, meu caro! Já no Braga tinha evidenciado essa tendência, mas no SLB não é possível! Não se esqueça que o grande Benfica europeu é que está na memória de todos, cá dentro e lá fora, não o Benfica campeão dentro de portas, sem adversário à altura. Será por não falar línguas que não gosta? Ponha os olhos no Mourinho e como ele estudou os idiomas de que necessitava para trabalhar e mandar vir. Não é assim tão difícil! E faz favor de jogar contra o Everton como jogou na Mata Real. Ponha os olhos no seu Sporting: não joga peva cá dentro, mas arruma os alemães e despacha os holandeses! Antes isso. Vamos lá a ganhar a todos. Mesmo por 1-0. Não é preciso dar goleadas todos os dias…

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Espiar, pesquisar, estudar

Interessante o movimento que o Benfica está a despertar no mundo do futebol e não é só em Portugal. Imaginem que para assistirem ao jogo dos encarnados contra o Paços de Ferreira pediram à Liga credenciais o Everton, o próximo adversário do Benfica na Liga Europa, o Celtic da Escócia, o Sporting e o Sporting de Braga que dentro de duas jornadas enfrentará os pupilos de Jorge Jesus. Também o Penafiel, o Belenenses, o Leixões, o Portimonense, o Santa Clara e o Tirsense fizeram o mesmo. Mas se uns pedidos destes também podem ser para satisfazer uns penduras, outros para espiar e estudar futuros adversários, outros bem podem ser, ao que nos confiaram para outras operações, como o Manchester United que continua a estudar o David Luís. Também o Celtic está muito atento a Cristiano, que o técnico Paulo Sérgio quase não deixou ver! O rapaz é que não é de cerimónia e, nos minutos que o deixaram jogar, mostrou o suficiente daquele fabuloso pé esquerdo.

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Não tarda muito, está lá

Quem poderá estar de saída mas para um clube português é Kerrouche, a sensação da Figueira da Foz. O jogador de origem franco-argelina da Naval mostrou o que vale nas duas últimas vitórias da sua equipa, ao marcar 4 dos cinco golos da formação verde e branca. Diz-se aí à boca pequena que há um grande muito atento e interessado em comprar o surpreendente jogador. No cuidado com que este clube se apetrecha, não seria de estranhar…

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O maracujá mecânico

O Marítimo a jogar em Coimbra ganhou, jogou bem e deu a primeira alegria a um seu antigo jogador que agora, aos 32 anos, o treinou para evitar que a precipitada decisão da direcção de despedir o técnico Carlos Carvalhal pudesse ser mais danosa. Van der Gaag, histórico defesa dos verde e rubros, actualmente treinador da equipa B, mostrou que sabe o que faz e pôs o Marítimo a jogar tão bem que um observador independente que assistiu à partida de Coimbra confessou que, a continuar naquelas funções, o holandês vai tornar a equipa da Madeira “num autêntico maracujá mecânico”.

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Pedro Mendes na selecção

Para Tiago, lesionado para o jogo de ontem da selecção, não fazer tanta falta, Carlos Queiroz fez bem e foi buscar Pedro Mendes, um ex-campeão da Europa que tem triunfado em Inglaterra e na Escócia, onde actualmente é o patrão do meio campo dos simpáticos protestantes escoceses. Pedro Mendes, hoje um “gentleman” de Guimarães que fala um inglês nada técnico e tão perfeito que é difícil encontrar-lhe sotaque, disse em bom português, com um ligeiro acento do Norte, que “Estou muito feliz por aqui estar(na selecção).Não adianta pensar nos jogos em que não estive. É pena que não tenham corrido da melhor forma. Pedro Mendes entrou para a história do futebol ao fazer um golo de mais de 60 metros, em chapéu sobre um guarda-redes adiantado, que não foi validado por não haver árbitro ou bandeirinha que pudesse ter acompanhado o trajecto da bola. Este foi um episódio determinante para a criação dos juízes auxiliares de cabeceira.

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O regresso dos campeões

O Belenenses no jogo em Alvalade tinha mais campeões do Sporting do que a equipa da casa. É que a baliza do Restelo é actualmente defendida por Nelson, esse excelente guarda-redes que teve a infelicidade de ter Peter Schmeichel a jogar com o número 1 na baliza do Sporting. E na defesa dos azuis lá foi Beto, o antigo defesa leonino que depois de terem falado que ia para o Real Madrid acabou a jogar num pequeno clube da liga espanhola de onde regressou para ser defesa com a cruz de Cristo ao peito. Se Beto borrou a pintura com uma ou duas vaidadezinhas mal sucedidas, já Nelson demonstrou, mais uma vez, o seu verdadeiro valor como guarda-redes que merece melhor sorte do que as circunstâncias permitiram. No entanto, foi bonito ver-se um cartaz que saudava esses campeões do Sporting. Haja alguém que se lembre desses tempos e dessas vitórias.

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Campeão feliz

Um campeão em todos os escalões do futebol do Sporting, incluindo os seniores com Augusto Inácio, 50 vezes internacional entre os sub-16 e os sub-21, duas vezes em Toulon considerado melhor do que Buffon e Enke, Nuno Santos teve o azar de estar anos no Sporting com Schmeichell e Nelson à sua frente e depois de estar diversas épocas no Guimarães sem lhe darem uma oportunidade. Hoje é o titular da baliza do Setúbal e tem mostrado o que vale, como aconteceu em Braga. Agora com 31 anos de idade vê a primeira oportunidade da sua vida de ser titular. E está tão feliz que não a vai desperdiçar.
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«24horas» de 11 de Outubro de 2009

Os maus da fita

A CONSPIRAÇÃO judaico-maçónica existiu, na realidade, ou foi uma desculpa e um pretexto de que diversos ditadores se serviram para justificarem desculpas e alguns dos seus crimes mais notáveis? Perante a dificuldade de atribuir os males da nação à oposição inexistente, Hitler, Mussolini, Franco e Salazar socorreram-se da conspiração judaico-maçónica e ampararam-se na sua luta sem quartel contra esta maléfica efabulação, ferramenta de grande valor para a propaganda dos seus regimes autoritários.

Para quem não tenha idade para saber, concretamente, aquilo de que estou a escrever, talvez seja melhor explicar que esses regimes combatiam um inimigo impreciso e abstracto que servia de bode expiatório para todos os males que originam, precisamente, o totalitarismo.

O PS e o PSD de hoje não são herdeiros directos do salazarismo e os seus dirigentes são homólogos dos políticos de centro-direita que pululam pela nossa Europa. E por muito que se empenhe a actual a máquina governamental, o PSD não é herdeiro do “ancient regime”, talvez até menos do que o próprio PS actual, que se esforça, por caminhos ínvios, a fingir que sofre os métodos victimistas da propaganda que aprendeu e, desde sempre, pratica.

Antigamente, Portugal não produzia devido à “persistente seca” que servia de pretexto para uma agricultura anacrónica que, a par da “conspiração judaico maçónica, servia para explicar o lento desenvolvimento duma nação, ainda por cima, atormentada pela “agressão comunista”.

Hoje, Sócrates, com grande habilidade, nenhuma vergonha e escasso rigor converteu os oposicionistas, em todos os seus matizes, nos maus da fita, tal como os ditadores fizeram com os judeus, os maçons e os comunistas. E o pior é que em vez de oferecer alternativas claras e apelativas, o PSD embarca na proposta socialista e traz-nos a música do sufoco democrático, na esperança que a falta de democracia, que é real e todos conhecemos, seja comparável, para o nosso povo, à fome e à miséria que mais de meio milhão de desempregados, num país meio desfeito tem para lhes oferecer.

«Mais Alentejo» - Outubro de 2009

«Faca na Liga» de 4 Out 09

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Faz falta o rugido do leão

As reacções dramáticas do Sporting às derrotas que imputa às arbitragens dão mau aspecto aos dirigentes e técnicos do tradicional clube e não ajudam a tocar a unir a desanimada massa associativa, nem recupera uma imagem de poder que o clube do leão já teve nas suas décadas de ouro, quando a sua classe e o seu prestígio enobreciam o futebol português e valorizavam as competições oficiais nacionais e internacionais, engrandecendo, também, os adversários.

Curiosamente, a queda do Sporting - cujas acções em baixa descerão ainda mais, face aos resultados e correspondentes reacções - emparelha com o desprestígio de líderes financeiros em cujo meio o Sporting também se socorreu para seu mal, pois quer em contas, quer em prestígio o Sporting - SAD e clube - foi de mal a pior, ao fim de diversas tentativas falhadas.

As dívidas são grandes e os recursos do Sporting escassos. Não chegam para ganhar, criar rendimentos, aforrar e investir na formação que, nos últimos anos, tem sido a fonte do principal retorno das finanças leoninas. Muito menos chega para dar uma alegria aos sócios e accionistas que começam a sentir-se naturalmente desconfortáveis face a dirigentes a viver do passado e a desculpar-se com causas externas para os seus males. Dizendo-se perseguido e injustiçado por todos os que o rodeiam, o Sporting não pode, assim, chegar a nenhum lado. Nem cá dentro nem na Europa. Até os seus dirigentes decidirem dar uma sapatada e fazerem de novo ouvir o rugido do leão. Que faz muita falta.

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Benfica: 200 mil sócios!

O SLB ultrapassou esta semana um número histórico, que corresponde e se deve ao período entusiástico que o clube vive, graças ao bom momento da sua actual equipa de futebol. O Benfica pode orgulhar-se de ter mais de 200 mil sócios! Os resultados desportivos têm tudo a ver com este sucesso que o presidente Luís Filipe Vieira quer ultrapassar, atingindo os 300 mil!

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Injustos para Carvalhal

Carvalhal é um treinador que oscila entre resultados brilhantes e vexatórios despedimentos. Entre os resultados brilhantes, podemos contabilizar diversas subidas de divisão e também um futebol com uma articulação e uma qualidade difícil de ver em outras equipas. Nacional, Braga, Setúbal são algumas das equipas por onde passou sucessos e despedimentos de que foi vítima de clubes que prescindiram dos seus serviços, a última das quais corresponde à chicotada psicológica em curso no Marítimo. Uma substituição injusta, extemporânea e prematura, tanto que o clube da Madeira se viu obrigado a recorrer ao seu antigo defesa holandês, Van Der Gaag, que aos 32 anos de idade ocupava as funções de treinador da equipa B, para substituir Carvalhal e ficarem sem treinador à sexta jornada do campeonato.

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Mourinho entre os empatas

José Mourinho pode ver-se numa situação que é frequente suceder aos treinadores portugueses mas pela qual o “special one” nunca teve de se submeter: fazer contas! Ou seja, “o Barcelona empatou connosco, um ponto para cada um, empatei com o Rubin, mais um ponto para mim, faz dois pontos. Logo, o Dínamo de Kiev que tinha ganho ao Rubin tinha 3 pontos e fica com eles porque perdeu com o Barcelona. Ou seja, à frente está o Barça com 4 pontos, em segundo está o Dínamo com 3 e a seguir está o meu Inter e o Rubin. Ou seja: até pareço o Queiroz com a herança do Scolari! Daqui para a frente, o melhor é ganhar tudo ou tenho de comprar uma calculadora e o Moratti não perdoa!”.A melhor das sortes, José!

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Paulo Alves seleccionador

A equipa técnica da Federação Portuguesa de Futebol está mais rica, com a contratação de Paulo Alves, um jovem e promissor treinador que desempenha as funções de seleccionador nacional dos sub-20.Paulo Alves foi um excelente jogador do Sporting, ele próprio internacional e, depois como técnico foi um brilhante treinador do Gil Vicente, prejudicado pela sanção imposta administrativamente a este clube de Barcelos. Paulo Alves é uma excelente escolha e tem diante de si a dificuldade de fazer alguma coisa com o escalão mais difícil e menos triunfante das nossas selecções. A presença de Carlos Queiroz e de Oceano no primeiro treino de Paulo Alves é bom sinal! A verdade é que Queiroz, o grande chefe do sector técnico da Federação, não se distrai com a necessidade imperiosa de chegarmos à África do Sul. Ele está a criar uma senhora equipa técnica!

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Portugueses em França

O Le Mans, clube francês treinado pelo português Paulo Duarte, seleccionador de Burkina Faso, apetrechou-se, reforçando a defesa com o português João Paulo, antigo defesa central do União de Leiria e do Futebol Clube do Porto. A equipa do Le Mans tem uma média de 21 anos de idade, o clube não tem dinheiro para se reforçar, está a construir um estádio, e depois dum ciclo de derrotas em confrontos muito difíceis obteve uma vitória sobre o Lens (3-0) com a qual espera iniciar uma era de recuperação. Milhões de emigrantes portugueses dão bom nome ao País em todo o mundo e recentemente, como se vê, os homens do futebol reforçam o nosso bom nome.

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Lusitanos na Roménia

Cada vez há mais jogadores e treinadores de futebol portugueses espalhados pela Europa fora. Na Roménia, o Cluj lidera o campeonato sob o comando do técnico António Conceição e com uma equipa de portugueses capitaneada por Cadu, um jogador de 27 anos que joga naquele país há quatro anos. O objectivo do Cluj é ganhar o título e entrar directo na Liga dos Campeões na edição do próximo ano.

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«24horas» de 4 de Outubro de 2009