Cresce luta na aviação comercial
TODOS JÁ PERCEBEMOS que vai uma guerra danada no negócio dos aviões. Ele é dizer mal dos Airbuses que enchem os céus deste mundo e do outro, ele é aproveitar os desastres com modelos desta marca, ele é o relançamento do Boeing 787, ele é o primeiro Airbus construído na China e o crescimento deste país também na indústria aeronáutica. Mas a grande novidade no salão 2009 de aeronáutica, que sempre que posso não perco no Le Bourget, foi o avião russo Sukhoí, um regional capaz de transportar 90 passageiros e que concorre com o canadiano Bombardier e com o brasileiro Embraer. Mas, acima de tudo, o Sukhoí assinala o regresso da Rússia à construção aeronáutica civil depois dum interregno de 25 anos. E os russos não regressam para brincar: estão convencidos que, até 2025, vão consolidar a sua posição no terceiro lugar dos construtores aeronáuticos, subindo até os 12% e subindo do 1% de hoje em dia. O novo avião russo tem “know how” da Boeing, equipamento da Honeywell, trens de aterragem franceses e motores russos da Saturno, enquanto a comercialização do Sukhoí vai ser entregue aos italianos da Alenia. O novo avião já tem 98 encomendas firmes, das quais 30 são da Aeroflot. Mas se os russos regressam bem, os chineses não aparecem pior: tiveram já 200 encomendas para o seu novo avião ARJ21 e têm como propósito intrometer-se na luta entre a Airbus e a Boeing, lançando para 2020 o C919, um aparelho de longo curso para 150 passageiros.
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Aviões executivos em grande perda
MAL ESTÁ a chamada “aviação de negócio”, soterrada com desistências e cancelamentos para os mais diversos modelos dos seus aviões executivos. A grande caricatura deste transporte continua a ser o momento em que os presidentes da Ford, da Chrysler e da General Motor se meteram, cada um no seu avião executivo para irem de Detroit a Washington pedir ajuda ao Congresso e dinheiro ao Governo para não falirem. Neste momento os aviões executivos são utilizados por quadros médios de empresas e por políticos pagos pelo erário público, explica a Dassault Aviation. Mas este segmento do negócio está tão mal que este ano nem a Gulfstream, nem a Cessna puseram os pés no salão de Paris. Significativo…
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Um pálido Trovador de despedida
JEAN MARIE Blanchard despediu-se da Ópera de Genebra, que dirigiu durante oito anos com um pálido Trovador, de Verdi. A orquestra, como sempre foi a da Suisse Romande e nenhum dos cantores era italiano, o que não retirou qualidade ao canto, mas não deixa de ser curioso: o conde Di Luna era romeno, Leonora e Assucena são russas, Manrico era sérvio e Ferrando, turco.
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A morte dum “designer”
PASSOU DESPERCEBIDA por entre tanta morte neste princípio de Verão o falecimento do “designer” Pierre Paulin, com mais de 80 anos. O artista morreu em Montpellier e para se recordar a sua importância basta dizer que ele havia mobilado o Palácio do Eliseu para dois presidentes, Pompidou e Mitterrand. Ficaram célebres, no mobiliário do século XX, os seus sofás em forma de cogumelo ou de língua, em malha amarela ou lilás que deram a volta ao mundo e tiveram grande sucesso.
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Úteis rapidinhas
EM MAIO, realizou-se com êxito em Paris a primeira sessão de “speed investing”- financeiros ou empresários receberam candidatos a financiamento, fosse para criar novas empresas ou para desenvolver novos projectos. Talvez por de um lado estar quem quer e do outro quem precisa, a experiência foi muito positiva, com resultados que ultrapassaram aquilo que se esperava, com novas oportunidades de negócio criadas e algumas mesmo já em desenvolvimento. O Governo Sarkozy criou um desconto importante para o IRC de quem invista em novas empresas, o que também teve eco nos homens de negócio. Depois do “speed investing” foi a vez do “Job dating”, igualmente bem sucedido. O princípio é o mesmo e decorrem todas estas variações do “speed dating”, utilizada para encontros amorosos pré-seleccionados através da Internet.Com uma sede institucional onde uns e outros se encontram, o segredo deve estar nas primeiras impressões, pois ao fim de 5 minutos de conversa e de olhar para os cv ou para as matérias preparadas, toca um despertador e os pares de procura-oferta dão por findo o rendez-vous, assistido por pessoal preparado dos organizadores. As decisões são anunciadas no momento ou intermediadas pela organização.
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LIVROS
“Dicionário de Dúvidas”
Editado por Calambur, Madrid 2009-07-01 108 págs., 9,98 Euros
José Maria Cumbreño descarna a palavra para com estes poemas nos recordar
que “as nossas hesitações mostram a nossa honradez e as nossas certezas as nossas imposturas”.
TODOS JÁ PERCEBEMOS que vai uma guerra danada no negócio dos aviões. Ele é dizer mal dos Airbuses que enchem os céus deste mundo e do outro, ele é aproveitar os desastres com modelos desta marca, ele é o relançamento do Boeing 787, ele é o primeiro Airbus construído na China e o crescimento deste país também na indústria aeronáutica. Mas a grande novidade no salão 2009 de aeronáutica, que sempre que posso não perco no Le Bourget, foi o avião russo Sukhoí, um regional capaz de transportar 90 passageiros e que concorre com o canadiano Bombardier e com o brasileiro Embraer. Mas, acima de tudo, o Sukhoí assinala o regresso da Rússia à construção aeronáutica civil depois dum interregno de 25 anos. E os russos não regressam para brincar: estão convencidos que, até 2025, vão consolidar a sua posição no terceiro lugar dos construtores aeronáuticos, subindo até os 12% e subindo do 1% de hoje em dia. O novo avião russo tem “know how” da Boeing, equipamento da Honeywell, trens de aterragem franceses e motores russos da Saturno, enquanto a comercialização do Sukhoí vai ser entregue aos italianos da Alenia. O novo avião já tem 98 encomendas firmes, das quais 30 são da Aeroflot. Mas se os russos regressam bem, os chineses não aparecem pior: tiveram já 200 encomendas para o seu novo avião ARJ21 e têm como propósito intrometer-se na luta entre a Airbus e a Boeing, lançando para 2020 o C919, um aparelho de longo curso para 150 passageiros.
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Aviões executivos em grande perda
MAL ESTÁ a chamada “aviação de negócio”, soterrada com desistências e cancelamentos para os mais diversos modelos dos seus aviões executivos. A grande caricatura deste transporte continua a ser o momento em que os presidentes da Ford, da Chrysler e da General Motor se meteram, cada um no seu avião executivo para irem de Detroit a Washington pedir ajuda ao Congresso e dinheiro ao Governo para não falirem. Neste momento os aviões executivos são utilizados por quadros médios de empresas e por políticos pagos pelo erário público, explica a Dassault Aviation. Mas este segmento do negócio está tão mal que este ano nem a Gulfstream, nem a Cessna puseram os pés no salão de Paris. Significativo…
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Um pálido Trovador de despedida
JEAN MARIE Blanchard despediu-se da Ópera de Genebra, que dirigiu durante oito anos com um pálido Trovador, de Verdi. A orquestra, como sempre foi a da Suisse Romande e nenhum dos cantores era italiano, o que não retirou qualidade ao canto, mas não deixa de ser curioso: o conde Di Luna era romeno, Leonora e Assucena são russas, Manrico era sérvio e Ferrando, turco.
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A morte dum “designer”
PASSOU DESPERCEBIDA por entre tanta morte neste princípio de Verão o falecimento do “designer” Pierre Paulin, com mais de 80 anos. O artista morreu em Montpellier e para se recordar a sua importância basta dizer que ele havia mobilado o Palácio do Eliseu para dois presidentes, Pompidou e Mitterrand. Ficaram célebres, no mobiliário do século XX, os seus sofás em forma de cogumelo ou de língua, em malha amarela ou lilás que deram a volta ao mundo e tiveram grande sucesso.
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Úteis rapidinhas
EM MAIO, realizou-se com êxito em Paris a primeira sessão de “speed investing”- financeiros ou empresários receberam candidatos a financiamento, fosse para criar novas empresas ou para desenvolver novos projectos. Talvez por de um lado estar quem quer e do outro quem precisa, a experiência foi muito positiva, com resultados que ultrapassaram aquilo que se esperava, com novas oportunidades de negócio criadas e algumas mesmo já em desenvolvimento. O Governo Sarkozy criou um desconto importante para o IRC de quem invista em novas empresas, o que também teve eco nos homens de negócio. Depois do “speed investing” foi a vez do “Job dating”, igualmente bem sucedido. O princípio é o mesmo e decorrem todas estas variações do “speed dating”, utilizada para encontros amorosos pré-seleccionados através da Internet.Com uma sede institucional onde uns e outros se encontram, o segredo deve estar nas primeiras impressões, pois ao fim de 5 minutos de conversa e de olhar para os cv ou para as matérias preparadas, toca um despertador e os pares de procura-oferta dão por findo o rendez-vous, assistido por pessoal preparado dos organizadores. As decisões são anunciadas no momento ou intermediadas pela organização.
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LIVROS
“Dicionário de Dúvidas”
Editado por Calambur, Madrid 2009-07-01 108 págs., 9,98 Euros
José Maria Cumbreño descarna a palavra para com estes poemas nos recordar
que “as nossas hesitações mostram a nossa honradez e as nossas certezas as nossas imposturas”.
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