A MELHOR aluna do nosso ensino secundário teve média de 20, não trabalhou nunca com computadores nem máquinas de calcular, decorou a tabuada e poemas da língua portuguesa e diz que a sua rotina era estudar a tempo inteiro.”Entreguei-me aos livros de corpo e alma e tive de abdicar de algumas coisas mas não estou arrependida”, diz ela.
Suzete Marli da Cruz tem hoje 18 anos e viveu em Lamego, onde frequentou o Colégio da Imaculada Conceição, até ao 9.º ano, e o Colégio de Lamego até ao 12.º.
“Sempre tive boas notas mas não me caíram do céu”, confessa para elogiar as religiosas do Colégio da Imaculada, “que nunca facilitaram nem usaram modernices. Tudo foi à custa de muito, muito trabalho”., explica esta jovem que gosta de ser conhecida por Marli e que hoje estuda Medicina no Porto.
Marli Cruz recebeu o Prémio da Casa de Cultura José Pinto Peixoto, ao qual podiam concorrer todos os finalistas do ensino secundário de 2007/2008. Para a atribuição do prémio, de cinco mil euros, arrebatado por Marli Cruz, foram apreciadas 10 candidaturas, quatro com média final de 20 valores, cinco com 19 e uma com 18. Marli não sabe o que vai fazer com os mil euros do prémio.
“Não posso concordar com a política de facilitismo adoptada oficialmente”, diz Marli.”Trabalhar é a única palavra de ordem interessante e enriquecedora”, conclui.
Recordando com saudade os anos que passou no Colégio da Imaculada Conceição Marli, que ainda hoje se esforça por se integrar e adaptar ao novo ritmo da Faculdade de Medicina, não tem dúvidas em considerar e afirmar que foi naquele Colégio “que me deram as bases para eu percorrer as estradas da vida”
Como? Ela explica: “Ensinaram-me o que é integridade, ajudaram-me a ser sempre íntegra e responsável. Sempre tive consciência do que era a minha responsabilidade que vinha à frente de todo o resto. E depois ensinaram-me a ser metódica e a escolher e adoptar um método de estudo, um método de trabalho, um método de vida. Assim, o trabalho dá prazer e aprende-se com muito menos esforço do que sucede com a maioria dos nossos jovens a quem ensinam tão pouco.”
Não discuto o mérito das Irmãs do Imaculada Conceição. Quem sou eu para o fazer, além de acreditar em cada uma das palavras da Marli?! Claro que tudo o que ela refere é da maior importância, mas lembro a opinião de alguém que durante algum tempo, por necessidade de sobrevivência, foi professor do secundário onde teve um único aluno de 20 valores. Diz ele: ”Não me venham dizer que um bom aluno precisa dum bom professor.Eu era um professor medíocre e aquele aluno era absolutamente excepcional. Para ser bom aluno faz falta inteligência, curiosidade, ler muito e saber estudar”.
Mas não foi isso que a Marli disse? Ensinar tais coisas aos miúdos e aos professores deve ajudar muito. Deve ser meio caminho andado…
Suzete Marli da Cruz tem hoje 18 anos e viveu em Lamego, onde frequentou o Colégio da Imaculada Conceição, até ao 9.º ano, e o Colégio de Lamego até ao 12.º.
“Sempre tive boas notas mas não me caíram do céu”, confessa para elogiar as religiosas do Colégio da Imaculada, “que nunca facilitaram nem usaram modernices. Tudo foi à custa de muito, muito trabalho”., explica esta jovem que gosta de ser conhecida por Marli e que hoje estuda Medicina no Porto.
Marli Cruz recebeu o Prémio da Casa de Cultura José Pinto Peixoto, ao qual podiam concorrer todos os finalistas do ensino secundário de 2007/2008. Para a atribuição do prémio, de cinco mil euros, arrebatado por Marli Cruz, foram apreciadas 10 candidaturas, quatro com média final de 20 valores, cinco com 19 e uma com 18. Marli não sabe o que vai fazer com os mil euros do prémio.
“Não posso concordar com a política de facilitismo adoptada oficialmente”, diz Marli.”Trabalhar é a única palavra de ordem interessante e enriquecedora”, conclui.
Recordando com saudade os anos que passou no Colégio da Imaculada Conceição Marli, que ainda hoje se esforça por se integrar e adaptar ao novo ritmo da Faculdade de Medicina, não tem dúvidas em considerar e afirmar que foi naquele Colégio “que me deram as bases para eu percorrer as estradas da vida”
Como? Ela explica: “Ensinaram-me o que é integridade, ajudaram-me a ser sempre íntegra e responsável. Sempre tive consciência do que era a minha responsabilidade que vinha à frente de todo o resto. E depois ensinaram-me a ser metódica e a escolher e adoptar um método de estudo, um método de trabalho, um método de vida. Assim, o trabalho dá prazer e aprende-se com muito menos esforço do que sucede com a maioria dos nossos jovens a quem ensinam tão pouco.”
Não discuto o mérito das Irmãs do Imaculada Conceição. Quem sou eu para o fazer, além de acreditar em cada uma das palavras da Marli?! Claro que tudo o que ela refere é da maior importância, mas lembro a opinião de alguém que durante algum tempo, por necessidade de sobrevivência, foi professor do secundário onde teve um único aluno de 20 valores. Diz ele: ”Não me venham dizer que um bom aluno precisa dum bom professor.Eu era um professor medíocre e aquele aluno era absolutamente excepcional. Para ser bom aluno faz falta inteligência, curiosidade, ler muito e saber estudar”.
Mas não foi isso que a Marli disse? Ensinar tais coisas aos miúdos e aos professores deve ajudar muito. Deve ser meio caminho andado…
«Mais Alentejo» de Dezembro 2011